05/05/2015

Faz o que eu digo mas não faças o que eu faço...

    A semana que passou foi marcada por mais um crime com contornos de violência extrema. Um homem baleou de forma fatal a ex-mulher, os sogros e o enteado. Diz-se que na origem deste crime estarão divergências quanto à partilha de bens. A assistir a este crime estaria o seu filho de 16 anos.  Este caso tem também outro contorno, o pai do homicida terá em tempos morto e esquartejado a sua mulher e o filho (homicida actual) terá assistido a tudo. O que nos leva à questão da Transmissão Intergeracional da Violência, que se baseia nos pressupostos da Teoria da Aprendizagem Social, ou seja, defende que os sujeitos que foram vitimas ou testemunharam comportamentos de violência na família de origem apresentam uma maior probabilidade de virem a desenvolver comportamentos violentos no futuro ou a serem vítimas de violência nas relações íntimas. Apesar de já decorrer alguma investigação realizada nesta área, os mecanismos específicos através dos quais se dá esta influencia continuam a não ser muito claros. 

Que futuro terá este rapaz, no pico da adolescência, depois de assistir ao pai a assinar barbaramente a sua família? Quem o vai salvar desta pesada herança ? 


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