Este post pretende levantar questões por
modo a iniciarmos um debate/dinâmica saudável e assim tentar perceber um pouco
melhor o porquê do que aqui vai ser exposto.
Mais uma vez, o que irei escrever de
seguida são opiniões, ideias, pensamentos e/ou ilusões que tenho (sinto) cada
vez que penso em melhorar o nosso projecto A(r)MA-TE ou penso no que podemos
fazer às pessoas no seu geral para que situações que vejo no quotidiano, como
mandar piropos a uma mulher, apalpar a mulher, cercá-la, fazer troça, entre
muitos outros comportamentos bem mais perigosos, acabem.
Este texto destina-se essencialmente a
mulheres e tem o principal objetivo de questionar o porquê da mulher ocidental
em pleno Séc. XXI, continuar ainda a sofrer represálias da sociedade, pelo
simples facto de… ser mulher.
EMPODERAMENTO?
Como fazê-lo? Conseguimos na realidade chegar a um estado de “poder” ou ficamos “só” pelo chamado “poder interior”?
Como fazê-lo? Conseguimos na realidade chegar a um estado de “poder” ou ficamos “só” pelo chamado “poder interior”?
Numa altura em que tanto se fala de
empoderamento e quando verificamos que tantas mulheres conseguem criar uma
carreira bem sucedida, especialmente com filhos, continua sempre a existir este
estigma de sermos um “ser inferior”, alguém que como diz na própria Bíblia,
veio da costela do Homem. Logo, como podemos nós ultrapassar isto?
A mulher é vista como objecto em tantas
coisas. Sair à rua de mini-saia é sinónimo de poder ser violada? Se formos com um
decote um pouco maior, também? E se pudéssemos ou preferíssemos andar nus?
Porque é que em vez de nos ensinarem a
vestir adequadamente, não ensinam os homens a respeitar, a considerar a mulher
um ser igual e não um ser simplesmente sexual?
Porque ensinam às mulheres desde
crianças que o seu propósito é casar, ter filhos, manter um casamento “feliz”
(que é positivo) mas não ensinam o mesmo aos homens?
Porque ensinam as mulheres a “lutar” por
um homem, sem qualquer problema em guerrear com quem for preciso mas não nos
ensinam desde meninas a lutar pelos nossos próprios ideais ou a lutar pelo que
queremos à parte de Homens, como por exemplo, um posto de trabalho acima da
média?... Aqueles que poucas mulheres ainda exercem..
Temos vindo a alcançar vários
objetivos, é um facto, temos a nossa suposta liberdade, podemos votar, já podemos
trabalhar mas, no entanto, (e falando no
Ocidente, onde casos tão extremistas como no Oriente não acontecem) porque
continuamos a ouvir todos os dias que maridos ou companheiros matam? Matam as
companheiras, matam os seus filhos, violam-nos na rua como um "pedaço de carne" que aconteceu, por acaso, estar a passar no local errado à hora errada… Porquê?
Quando iremos conseguir andar na rua sem
medo? Percebemos que não é por vestir a tal mini saia ou estarmos cobertas da
cabeça aos pés… Sentimo-nos inseguras de qualquer forma… Ainda acontece porque
está formatado em várias destas cabeças perturbadas que nós mulheres, somos
“coisas”. Penso sempre nestes indivíduos e questiono-me se têm filhas... E se
sim, como conseguem fazê-lo mesmo assim?
Podemos sempre lutar pela igualdade mas
enquanto, de facto, não existir uma educação semelhante na escola, principalmente
em casa (e atenção que sabemos perfeitamente que nem tudo poderá ser ensinado
da mesma forma… Os meninos não têm o período.) onde ensinem os valores, uma
moral onde a menina e o menino devem ser respeitados de igual forma, tratados
de maneira semelhante, com os mesmos direitos, sem sequer pensarmos na
possibilidade de “fazer mal a uma mulher só porque sim”, a mentalidade nunca irá
mudar…
Perante alguns homens, estes que tendem
a não evoluir, seremos sempre vistas como um objecto sexual? Uma procriadora? Uma
dona de casa? Para quando esta mudança? Até quando?
Verificamos que também se torna difícil
para mulheres que lutam pelo empreendedorismo (por mais e melhor para si
mesmas, estarem bem consigo),viverem numa sociedade como esta, sendo
constantemente apontadas ou chamadas à razão:
- Porque não casas?
- Porque não tens filhos?
- Porque deixaste o teu namorado?
- Porque queres um trabalho melhor?
- Porque vais desistir do teu trabalho,
não estás bem?
- Porque não fizeste o que ele pediu?
A culpa… a culpa é sempre nossa…
Porquê… Porquê… Porquê….?
Atenção que os exemplos que estamos a
dar até agora são relativos a mulheres que rondam a faixa etária dos 20 aos 40 anos… Mas…
e as mais velhas? Aquelas que foram educadas ainda mais rigidamente que nós?
Que não se separam? Que são vitimas porque é essa a única maneira de proteger
os filhos ou para que ninguém nunca saiba? Quem as ensina que não é normal
ser-se vítima? Que não é normal ter medo de perder os filhos?
E as mais novas? Que aceitam um namorado que as trate mal, pois é sinal que as amam e se importam com elas? Onde está a auto-estima, a valorização pessoal?
E as mais novas? Que aceitam um namorado que as trate mal, pois é sinal que as amam e se importam com elas? Onde está a auto-estima, a valorização pessoal?
É difícil empoderarmos alguém quando
somos ensinadas desde pequenas que somos seres “mais fracos”…
Há esperança? Há.
Cada vez mais, mulheres mais empreendedoras e com uma melhor auto-estima? Sim.
E por isso, ficamos felizes com
projectos como o nosso ou semelhantes.. Vemos lutar pela mudança em nós, embora não dependa só de nós, como referido anteriormente.
Quando irão começar a ensinar a
Igualdade?
Qual a vossa opinião? O que devemos
fazer para melhorar e para que o futuro se torne ainda mais risonho?
Estejam à vontade para comentar. As
vossas opiniões contam. Juntas devemos tentar descobrir um caminho ainda
melhor, por nós, pelos nossos filhos e por quem ficará cá a batalhar.
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